REPRESENTANTE CANDANGO
Em entrevista ao Correio, piloto brasiliense prestes a estrear na Fórmula 1 fala sobre a preparação
Felipe Nasr conta como pretende surpreender a F-1 mesmo com um carro que não fez pontos em 2014
postado em 11/12/2014 12:29 / atualizado em 11/12/2014 13:00
Alexandre Botão /Correio Braziliense , Lorrane Melo /Correio Braziliense
Futebol, tênis, wakesurfe no Lago e até uma corridinha, vez ou outra, na academia, que é sagrada. São muitos os esportes com os quais o brasiliense Felipe Nasr, próximo piloto brasileiro na Fórmula 1, demonstra intimidade. Mas há um que ele descarta de cara: “paraquedismo”. “Não caí do nada na F-1”.
O jovem de 22 anos, reserva da Williams neste ano, se transmutou em 50% da representação nacional na categoria máxima das corridas — a outra metade está a cargo do xará Felipe Massa, ex-colega de time. No imaginário coletivo, Nasr surge como a nova esperança. Rótulo quase cinematográfico que, nos últimos 10 anos, já pertenceu a Cristiano da Matta, Antônio Pizzonia, Nelsinho Piquet, Bruno Senna e Lucas Di Grassi. Nenhum chegou a emplacar 30 provas na F-1.
Na Sauber, que o brasiliense só vai conhecer à vera em 1º de fevereiro, Felipe aposta na preparação que a temporada Williams rendeu e em outro “esporte”, a pescaria. “Uma terapia”, ele brinca. Tudo para que, ao apagar da luz vermelha, em 15 de março, ilumine-se uma brecha na primeira volta de Melbourne.
Em entrevista ao Correio, Nasr conta como pretende surpreender a F-1 mesmo com um carro que não fez pontos em 2014, explica por que os pilotos brasileiros têm muito mais dificuldade em brilhar lá fora e revela o que espera do ano que vem: “Pontos. Mas, sendo muito otimista, um pódio”.
A Fórmula 1 vive um momento financeiro difícil. O funil para quem vai entrar na categoria também está bem mais estreito?
Sem dúvida. Das 18, 20 vagas que há, a cada ano, surgem duas ou três disponíveis. E isso foi algo que a gente sempre fixou: não poderíamos entrar na F-1 apenas por entrar. Tinha que ter um estrutura séria, e a Sauber sempre teve um histórico muito bom.
Neste ano, nem tanto…
Neste ano, eles sofreram muito com o regulamento novo, mas se você pegar o histórico, vai ver que é uma escuderia consistente.
No ano passado, quando você também buscava um lugar no grid, já havia falado com a Sauber?
Sempre estiveram em contato com a gente. Desde 2009, desde o meu primeiro campeonato de Fórmula BMW, em que eu fui campeão, a primeira pessoa que veio falar comigo foi o Peter Sauber.
A negociação foi rápida ou arrastada?
A notícia é rápida, mas a negociação demora. Nós estávamos desde junho e julho conversando com ela e com outras equipes, e a que apareceu com um pacote melhor foi a Sauber.
Qual o segredo para não ser apenas mais um piloto em um carro que provavelmente não vai andar na frente?
A primeira coisa é pensar em fazer um bom trabalho internamente, com a equipe. Porque ali são só dois carros. E iguais. O importante é você mostrar evolução e tentar obter o máximo de resultado para a equipe. E sempre ver o companheiro (de escuderia) como “referência”.
Mas não só isso…
Não. Em uma corrida mais conturbada, por exemplo, uma prova com chuva, e se você conseguir entrar na zona de pontuação, ainda mais se considerarmos o lugar em que a equipe estava neste ano, isso já conta muito, já chama a atenção dos outros.
Conseguir os primeiros pontos…
Minha primeira preocupação é evoluir o carro, para ter um bom equipamento, e voltar à zona de pontuação. Foi ali que a Sauber sempre esteve e é para lá que precisamos voltar.
Foi a opção mais viável?
Ano passado, a gente optou por ser terceiro piloto (da Williams) e foi ótimo. Foi um ano que eu aprendi muito, acompanhando a Fórmula 1 a temporada inteira, participando de todos os fins de semana, entendendo como se estabelece estratégia, ouvir os pilotos… foi um ano importante. Talvez se eu tivesse dado um passo mais cedo, eu não estaria 100% preparado para correr como eu acredito estar agora.
E é interessante essa situação da Williams, que saiu de cinco míseros pontos em 2013 para ser a terceira no Mundial…
Essa é a Fórmula 1. É totalmente imprevisível. As coisas mudam muito rápido de um ano para o outro. E a Williams se tornou uma das equipes mais fortes deste ano. Se o time tem uma boa estrutura, uma boa base, tudo isso pode acontecer. E, eu posso te falar, porque vi a evolução interna deles: o carro estava muito bom.
Por falar em “tudo pode acontecer”, o que “pode acontecer” no melhor dos mundos com você?
Eu gosto de ser muito realista com as coisas. Acho que criar muita expectativa, além do que você pode atingir, só te prejudica.
E porque você também ainda não andou no carro…
Eu não vou saber em quais condições a equipe está até a primeira vez que eu sentar no carro, na pista, que vai ser em 1º de fevereiro (de 2015), Jerez (de la Frontera).
Há pilotos que chegam, sentam num F-1 e voam, e há aqueles que, apesar dos resultados nas categorias menores, não reproduzem na F-1 o sucesso. Como evitar essa derrapada?
Cada piloto passa por uma situação diferente. Mas uma das minhas vantagens, neste ano, é que eu estava dentro de uma equipe que estava muito competitiva, e eu participei de toda essa evolução. Então, eu já sei, antes mesmo de correr, como isso tudo funciona. O que precisa ser feito para se dar bem no fim de semana, quais as estratégias… eu participei de tudo isso. E o tempo que eu passei nas categorias “de base” foi justamente para me preparar para esse momento.
Qual o equilíbrio entre as suas expectativas e as expectativas da torcida brasileira? Afinal você é, agora, 50% da representação nacional na Fórmula 1…
Qualquer brasileiro que queira entrar na Fórmula 1, automaticamente, vai haver uma expectativa sobre ele. A gente teve um passado muito vitorioso na F-1 e o brasileiro quer ver um piloto da casa ganhar. Eu estou preparado para lidar com isso com certeza, mas minha mensagem é simples: eu estou chegando agora e, como acontece com todo mundo, há uma porta de entrada, da qual você trabalha até chegar ao sucesso.
Essa filosofia é boa, mas vai funcionar na hora em que se apagar a luz vermelha em Melbourne na abertura do Mundial?
Estou muito tranquilo, sério. Nessa questão, eu estou bem. Eu me sinto preparado, é a hora certa. Se vocês tivessem me perguntado há quatro anos, eu diria que eu não era o cara 100% consciente de várias condições, mas hoje eu me sinto preparado.
Essa tranquilidade vem de onde?
Da pescaria. Muitas horas na pescaria. Tem um pesque-pague perto de Corumbá, que eu sempre vou com meus amigos, e, essa sim, é uma terapia.
O automobilismo brasileiro nitidamente travou em alguma marcha nos últimos anos. Qual a razão dessa dificuldade que os pilotos nacionais encontram agora?
Primeiro, de falta de investimento. É a primeira coisa que um piloto precisa hoje. Qualquer um que queira iniciar uma carreira no automobilismo precisa de dinheiro, caso contrário, nem adianta: não tem como chegar lá. Até no kart, no início, você precisa de um equipamento competitivo.
Mas não só isso...
Não, tem muito brasileiro, eu mesmo já vi, que dá um passo maior que a perna. Acha que por que foi bem no Brasil vai chegar na Europa arrebentando. Não é assim que funciona. Você precisa entender a dinâmica de lá: na Europa, há quem chegue ao kart desde muito cedo e quando chega num (carro de) monoposto, com 14, 15 anos, está muito mais bem preparado do que um brasileiro que sai daqui. Tem muita gente orientando esses meninos desde muito cedo, psicólogos, nutricionistas, coaching. E aqui no Brasil, não: acham que só com talento vai chegar arrebentando, e não é assim.
Mas é uma questão da falta de estrutura organizacional do esporte, como ocorre no futebol?
Pode ser. Há países que apoiam o automobilismo desde cedo. Na Inglaterra, há uma organização, a Racing Steps Foundation, que dá suporte a jovens talentos. Eles pegam jovens do kart, da moto, do rali, ingleses em geral, e dão uma bolsa para o menino. Tem acompanhamento físico, de nutricionista, academia... E um investimento na carreira dele. E isso é uma iniciativa do país. E não é só na Inglaterra. Há na Alemanha, na Espanha, na Itália...
O que diferencia um piloto fora de série de um apenas esforçado?
São os detalhes, na verdade. Antes, ninguém dava muita bola para a parte física ou mental, por exemplo. Ou para o que se come ou o quanto se dorme. Psicologicamente o quanto você está preparado. Não é mais só o talento, não é mesmo. É a dedicação, são as horas que você passa no simulador, por exemplo.
A questão do dinheiro para entrar na Fórmula 1, como é lidar com isso?
Nunca precisei, por exemplo, do dinheiro da família. Estar na F-1 é um trabalho que vem desde cedo. Os parceiros (Banco do Brasil e UniCeub) que tenho agora são parceiros que acreditaram em mim lá atrás.
Qual o papel do (empresário) Steve Robertson nisso tudo?
Na primeira vez que eu estreei e ganhei, ele chegou e falou que queria ser meu empresário. Ele disse: “Vou investir na sua carreira da minha maneira. Eu pago sua casa, pago seu salário”. Com 16 anos, eu já tinha salário e casa, tudo fruto do meu trabalho. Eu não estou chegando à Fórmula 1 hoje de paraquedas.
Daqui a 11 meses, vamos chamar você de novo aqui para outra entrevista. Vamos falar sobre os primeiros pontos, o primeiro pódio, a primeira pole?
Pontos, eu acho. É, pontos. Sendo mais otimista, um pódio, quem sabe?
O jovem de 22 anos, reserva da Williams neste ano, se transmutou em 50% da representação nacional na categoria máxima das corridas — a outra metade está a cargo do xará Felipe Massa, ex-colega de time. No imaginário coletivo, Nasr surge como a nova esperança. Rótulo quase cinematográfico que, nos últimos 10 anos, já pertenceu a Cristiano da Matta, Antônio Pizzonia, Nelsinho Piquet, Bruno Senna e Lucas Di Grassi. Nenhum chegou a emplacar 30 provas na F-1.
Na Sauber, que o brasiliense só vai conhecer à vera em 1º de fevereiro, Felipe aposta na preparação que a temporada Williams rendeu e em outro “esporte”, a pescaria. “Uma terapia”, ele brinca. Tudo para que, ao apagar da luz vermelha, em 15 de março, ilumine-se uma brecha na primeira volta de Melbourne.
Em entrevista ao Correio, Nasr conta como pretende surpreender a F-1 mesmo com um carro que não fez pontos em 2014, explica por que os pilotos brasileiros têm muito mais dificuldade em brilhar lá fora e revela o que espera do ano que vem: “Pontos. Mas, sendo muito otimista, um pódio”.
A Fórmula 1 vive um momento financeiro difícil. O funil para quem vai entrar na categoria também está bem mais estreito?
Sem dúvida. Das 18, 20 vagas que há, a cada ano, surgem duas ou três disponíveis. E isso foi algo que a gente sempre fixou: não poderíamos entrar na F-1 apenas por entrar. Tinha que ter um estrutura séria, e a Sauber sempre teve um histórico muito bom.
Neste ano, nem tanto…
Neste ano, eles sofreram muito com o regulamento novo, mas se você pegar o histórico, vai ver que é uma escuderia consistente.
No ano passado, quando você também buscava um lugar no grid, já havia falado com a Sauber?
Sempre estiveram em contato com a gente. Desde 2009, desde o meu primeiro campeonato de Fórmula BMW, em que eu fui campeão, a primeira pessoa que veio falar comigo foi o Peter Sauber.
A negociação foi rápida ou arrastada?
A notícia é rápida, mas a negociação demora. Nós estávamos desde junho e julho conversando com ela e com outras equipes, e a que apareceu com um pacote melhor foi a Sauber.
Qual o segredo para não ser apenas mais um piloto em um carro que provavelmente não vai andar na frente?
A primeira coisa é pensar em fazer um bom trabalho internamente, com a equipe. Porque ali são só dois carros. E iguais. O importante é você mostrar evolução e tentar obter o máximo de resultado para a equipe. E sempre ver o companheiro (de escuderia) como “referência”.
Mas não só isso…
Não. Em uma corrida mais conturbada, por exemplo, uma prova com chuva, e se você conseguir entrar na zona de pontuação, ainda mais se considerarmos o lugar em que a equipe estava neste ano, isso já conta muito, já chama a atenção dos outros.
Conseguir os primeiros pontos…
Minha primeira preocupação é evoluir o carro, para ter um bom equipamento, e voltar à zona de pontuação. Foi ali que a Sauber sempre esteve e é para lá que precisamos voltar.
Foi a opção mais viável?
Ano passado, a gente optou por ser terceiro piloto (da Williams) e foi ótimo. Foi um ano que eu aprendi muito, acompanhando a Fórmula 1 a temporada inteira, participando de todos os fins de semana, entendendo como se estabelece estratégia, ouvir os pilotos… foi um ano importante. Talvez se eu tivesse dado um passo mais cedo, eu não estaria 100% preparado para correr como eu acredito estar agora.
E é interessante essa situação da Williams, que saiu de cinco míseros pontos em 2013 para ser a terceira no Mundial…
Essa é a Fórmula 1. É totalmente imprevisível. As coisas mudam muito rápido de um ano para o outro. E a Williams se tornou uma das equipes mais fortes deste ano. Se o time tem uma boa estrutura, uma boa base, tudo isso pode acontecer. E, eu posso te falar, porque vi a evolução interna deles: o carro estava muito bom.
Por falar em “tudo pode acontecer”, o que “pode acontecer” no melhor dos mundos com você?
Eu gosto de ser muito realista com as coisas. Acho que criar muita expectativa, além do que você pode atingir, só te prejudica.
E porque você também ainda não andou no carro…
Eu não vou saber em quais condições a equipe está até a primeira vez que eu sentar no carro, na pista, que vai ser em 1º de fevereiro (de 2015), Jerez (de la Frontera).
Há pilotos que chegam, sentam num F-1 e voam, e há aqueles que, apesar dos resultados nas categorias menores, não reproduzem na F-1 o sucesso. Como evitar essa derrapada?
Cada piloto passa por uma situação diferente. Mas uma das minhas vantagens, neste ano, é que eu estava dentro de uma equipe que estava muito competitiva, e eu participei de toda essa evolução. Então, eu já sei, antes mesmo de correr, como isso tudo funciona. O que precisa ser feito para se dar bem no fim de semana, quais as estratégias… eu participei de tudo isso. E o tempo que eu passei nas categorias “de base” foi justamente para me preparar para esse momento.
Qual o equilíbrio entre as suas expectativas e as expectativas da torcida brasileira? Afinal você é, agora, 50% da representação nacional na Fórmula 1…
Qualquer brasileiro que queira entrar na Fórmula 1, automaticamente, vai haver uma expectativa sobre ele. A gente teve um passado muito vitorioso na F-1 e o brasileiro quer ver um piloto da casa ganhar. Eu estou preparado para lidar com isso com certeza, mas minha mensagem é simples: eu estou chegando agora e, como acontece com todo mundo, há uma porta de entrada, da qual você trabalha até chegar ao sucesso.
Essa filosofia é boa, mas vai funcionar na hora em que se apagar a luz vermelha em Melbourne na abertura do Mundial?
Estou muito tranquilo, sério. Nessa questão, eu estou bem. Eu me sinto preparado, é a hora certa. Se vocês tivessem me perguntado há quatro anos, eu diria que eu não era o cara 100% consciente de várias condições, mas hoje eu me sinto preparado.
Essa tranquilidade vem de onde?
Da pescaria. Muitas horas na pescaria. Tem um pesque-pague perto de Corumbá, que eu sempre vou com meus amigos, e, essa sim, é uma terapia.
O automobilismo brasileiro nitidamente travou em alguma marcha nos últimos anos. Qual a razão dessa dificuldade que os pilotos nacionais encontram agora?
Primeiro, de falta de investimento. É a primeira coisa que um piloto precisa hoje. Qualquer um que queira iniciar uma carreira no automobilismo precisa de dinheiro, caso contrário, nem adianta: não tem como chegar lá. Até no kart, no início, você precisa de um equipamento competitivo.
Mas não só isso...
Não, tem muito brasileiro, eu mesmo já vi, que dá um passo maior que a perna. Acha que por que foi bem no Brasil vai chegar na Europa arrebentando. Não é assim que funciona. Você precisa entender a dinâmica de lá: na Europa, há quem chegue ao kart desde muito cedo e quando chega num (carro de) monoposto, com 14, 15 anos, está muito mais bem preparado do que um brasileiro que sai daqui. Tem muita gente orientando esses meninos desde muito cedo, psicólogos, nutricionistas, coaching. E aqui no Brasil, não: acham que só com talento vai chegar arrebentando, e não é assim.
Mas é uma questão da falta de estrutura organizacional do esporte, como ocorre no futebol?
Pode ser. Há países que apoiam o automobilismo desde cedo. Na Inglaterra, há uma organização, a Racing Steps Foundation, que dá suporte a jovens talentos. Eles pegam jovens do kart, da moto, do rali, ingleses em geral, e dão uma bolsa para o menino. Tem acompanhamento físico, de nutricionista, academia... E um investimento na carreira dele. E isso é uma iniciativa do país. E não é só na Inglaterra. Há na Alemanha, na Espanha, na Itália...
O que diferencia um piloto fora de série de um apenas esforçado?
São os detalhes, na verdade. Antes, ninguém dava muita bola para a parte física ou mental, por exemplo. Ou para o que se come ou o quanto se dorme. Psicologicamente o quanto você está preparado. Não é mais só o talento, não é mesmo. É a dedicação, são as horas que você passa no simulador, por exemplo.
A questão do dinheiro para entrar na Fórmula 1, como é lidar com isso?
Nunca precisei, por exemplo, do dinheiro da família. Estar na F-1 é um trabalho que vem desde cedo. Os parceiros (Banco do Brasil e UniCeub) que tenho agora são parceiros que acreditaram em mim lá atrás.
Qual o papel do (empresário) Steve Robertson nisso tudo?
Na primeira vez que eu estreei e ganhei, ele chegou e falou que queria ser meu empresário. Ele disse: “Vou investir na sua carreira da minha maneira. Eu pago sua casa, pago seu salário”. Com 16 anos, eu já tinha salário e casa, tudo fruto do meu trabalho. Eu não estou chegando à Fórmula 1 hoje de paraquedas.
Daqui a 11 meses, vamos chamar você de novo aqui para outra entrevista. Vamos falar sobre os primeiros pontos, o primeiro pódio, a primeira pole?
Pontos, eu acho. É, pontos. Sendo mais otimista, um pódio, quem sabe?