ATLÉTICO
Nova fornecedora do Atlético tem roupas com a instrução de lavagem 'Dê para sua mulher'
Machismo também está em etiquetas da empresa, que causou polêmica ao usar modelos com trajes de banho para desfilar com novo uniforme
postado em 16/02/2016 15:21 / atualizado em 16/02/2016 15:58
Não bastou a exposição de mulheres em trajes de banho no desfile do novo uniforme do Atlético, realizado na noite de segunda-feira, em Belo Horizonte. Nova fornecedora de uniformes do clube, a DryWorld também exprime o machismo nas etiquetas. Nas instruções de lavagem, a marca inclui o recado “Give it to your wife”, que significa “dê para sua mulher”. Na passarela do Galo, enquanto os modelos masculinos vestiam o uniforme completo, com calção e camisa, as mulheres entraram vestindo apenas a nova camisa por cima do biquíni.
Nas redes sociais, fãs de futebol repercutiram de forma negativa a exposição do corpo feminino. Em nota, a torcida organizada Galo Marx demonstrou repúdio à forma como o clube expôs a mulher no desfile. "A objetificação das mulheres não é uma tradição, mas antes uma prática perversa que visa nos equiparar a uma mercadoria. As modelos femininas estavam presentes, aparentemente, apenas para o prazer masculino", afirmou o comunicado.
O caso não ficou apenas entre torcedores do Galo. Mulheres que acompanham futebol em todo o país endossaram o discurso crítico ao time. “#VamosFazerUmEscândalo #MeuFutebolNãoTemPúblicoAlvo”, disse Ana Claudia Marioto, torcedora do São Paulo. “Analisando o novo uniforme do Galo pode ser que role um incômodo quando o jogador for correr”, ironizou a palmeirense Fernanda Magliocco.
Na tentativa de dar sentido aos exageros do desfile, usuários expuseram o machismo no futebol. “Se não botam as gostosas, ninguém ia falar da camisa”, replicou um internauta. O discurso ainda foi apoiado por apresentadores de televisão e colunistas com milhares de seguidores na rede. “Enfim entenderam o público-alvo do futebol”, disse um jornalista, que posteriormente apagou o comentário.
Apesar das críticas, o clube ainda não se manifestou sobre o assunto. A canadense fornecedora de uniformes, que firmou um contrato de cinco anos com Atlético, estimado em R$ 100 milhões, também preferiu o silêncio até agora. O Fluminense, que também tem contrato com a DryWorld, não apresentou as camisas da temporada.
Nas redes sociais, fãs de futebol repercutiram de forma negativa a exposição do corpo feminino. Em nota, a torcida organizada Galo Marx demonstrou repúdio à forma como o clube expôs a mulher no desfile. "A objetificação das mulheres não é uma tradição, mas antes uma prática perversa que visa nos equiparar a uma mercadoria. As modelos femininas estavam presentes, aparentemente, apenas para o prazer masculino", afirmou o comunicado.
O público-alvo é masculino, a gente tá aqui só pra servir de enfeite. Isso é, só as bonitas, porque as outras nem pra isso.
— Elen CAMpos Munaier (@ElenCAM) February 16, 2016
O caso não ficou apenas entre torcedores do Galo. Mulheres que acompanham futebol em todo o país endossaram o discurso crítico ao time. “#VamosFazerUmEscândalo #MeuFutebolNãoTemPúblicoAlvo”, disse Ana Claudia Marioto, torcedora do São Paulo. “Analisando o novo uniforme do Galo pode ser que role um incômodo quando o jogador for correr”, ironizou a palmeirense Fernanda Magliocco.
Analisando o novo uniforme do Galo pode ser que role um incômodo quando o jogador for correr pois calcinha de biquini quando entra, migas...
— Magli Jones (@maglioqueira) February 16, 2016
Na tentativa de dar sentido aos exageros do desfile, usuários expuseram o machismo no futebol. “Se não botam as gostosas, ninguém ia falar da camisa”, replicou um internauta. O discurso ainda foi apoiado por apresentadores de televisão e colunistas com milhares de seguidores na rede. “Enfim entenderam o público-alvo do futebol”, disse um jornalista, que posteriormente apagou o comentário.
Bomba!Fim do mimimi p/alegria d hipócritas e feministas:DryWorld cancela evento d ontem e lança novo modelo pro Galo pic.twitter.com/RZmQVSNxDo
— MILTON NEVES (@Miltonneves) February 16, 2016
Também não achei de muito bom gosto o lançamento da camisa do Galo. Mas na moral, se não botam as gostosas ninguém ia falar da camisa.
— Arthur Muhlenberg (@Urublog) February 16, 2016
Apesar das críticas, o clube ainda não se manifestou sobre o assunto. A canadense fornecedora de uniformes, que firmou um contrato de cinco anos com Atlético, estimado em R$ 100 milhões, também preferiu o silêncio até agora. O Fluminense, que também tem contrato com a DryWorld, não apresentou as camisas da temporada.