Comportamento
Ian Matos fala pela primeira vez sobre a homossexualidade
postado em 06/01/2014 11:12
Representante brasiliense dos saltos ornamentais, Ian Matos já passou por obstáculos piores do que as plataformas de 3m e 1m das quais é especialista. Nascido em Belém (PA), o atleta falou publicamente sobre a homossexualidade pela primeira vez em conversa com o Correio. Embora entre os colegas a orientação sexual dele não seja mais segredo, Ian Matos entende ser um assunto delicado para esportistas. “As pessoas não estão preparadas para lidar com isso”, comentou. Ele encontrou nos saltos ornamentais a abertura para ser livre, mas se assusta que nenhum jogador de futebol tenha a mesma coragem.
Aos 24 anos, Ian foi morar no Rio de Janeiro no sábado passado, cidade em que acredita ter mais chances de crescimento no esporte. Nascido em Belém (PA), onde morou até os 17 anos, ele se sentiu obrigado a levar dinheiro para casa. A solução foi treinar em Brasília para ganhar um salário que o sustentasse e ainda cursar pedagogia na UnB. A decisão profissional, de acordo com ele, foi sinônimo de libertação pessoal. “Desde pequenininho, eu sabia que era gay, mas foi aqui que eu consegui viver a minha sexualidade”, conta.
Ian elogiou a atitude de Tom Daley, esportista britânico que fez um vídeo, no início de dezembro, para assumir a homossexualidade. “Quando vi, brinquei com um amigo. Falei que ia fazer também. Ele aconselhou que eu esperasse passar as Olimpíadas (do Rio, em 2016) para não deixar de receber patrocínio”, comentou. De acordo com Ian, o pensamento é frequente entre os colegas e ainda faz sentido no Brasil. “Não acho que vá me atrapalhar, mas também não posso pensar que o mundo concorda comigo”, diz. Ian participou do Pan-Americano de Guadalajara-2011, conseguiu uma medalha de bronze na etapa dos EUA do circuito mundial de 2012 e foi campeão brasileiro em 2013 no trampolim de 3m.
Frequentar festas gays, não esconder os namorados e não ter medo de dar a gargalhada típica, de acordo com o atleta, custou caro. “Parece que, por ser homossexual, você já começa um nível abaixo. Ouvi muito ‘não vou perder para um viadinho’ ou ‘não acredito que você perdeu para o viadinho’”, comenta. A resposta costuma ser bem-humorada, com direito a beijinho no ombro e provocação.
Leia a reportagem completa na edição impressa do Correio Braziliense.
Aos 24 anos, Ian foi morar no Rio de Janeiro no sábado passado, cidade em que acredita ter mais chances de crescimento no esporte. Nascido em Belém (PA), onde morou até os 17 anos, ele se sentiu obrigado a levar dinheiro para casa. A solução foi treinar em Brasília para ganhar um salário que o sustentasse e ainda cursar pedagogia na UnB. A decisão profissional, de acordo com ele, foi sinônimo de libertação pessoal. “Desde pequenininho, eu sabia que era gay, mas foi aqui que eu consegui viver a minha sexualidade”, conta.
Ian elogiou a atitude de Tom Daley, esportista britânico que fez um vídeo, no início de dezembro, para assumir a homossexualidade. “Quando vi, brinquei com um amigo. Falei que ia fazer também. Ele aconselhou que eu esperasse passar as Olimpíadas (do Rio, em 2016) para não deixar de receber patrocínio”, comentou. De acordo com Ian, o pensamento é frequente entre os colegas e ainda faz sentido no Brasil. “Não acho que vá me atrapalhar, mas também não posso pensar que o mundo concorda comigo”, diz. Ian participou do Pan-Americano de Guadalajara-2011, conseguiu uma medalha de bronze na etapa dos EUA do circuito mundial de 2012 e foi campeão brasileiro em 2013 no trampolim de 3m.
Frequentar festas gays, não esconder os namorados e não ter medo de dar a gargalhada típica, de acordo com o atleta, custou caro. “Parece que, por ser homossexual, você já começa um nível abaixo. Ouvi muito ‘não vou perder para um viadinho’ ou ‘não acredito que você perdeu para o viadinho’”, comenta. A resposta costuma ser bem-humorada, com direito a beijinho no ombro e provocação.
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