Fortaleza — Se a Colômbia preparou uma arma secreta durante o treinamento realizado no fim da tarde ontem, conseguiu escondê-la bem, do lado de lá das árvores e dos tapumes que cercam o campo de futebol da Universidade de Fortaleza (Unifor). A 300m de onde a bola rolava, boa parte dos jornalistas que tentavam desvendar algo da atividade de portões fechados acabou frustrada.
Por uma fresta entre os galhos, no canto do câmpus, era possível enxergar poucos metros do gramado utilizado pelo técnico José Pékerman. Depois de um aquecimento rápido, os atletas se dividiram em dois grupos. No time de James Rodríguez e Cuadrado, estava Téo Gutiérrez, num indício de que Carlos Bacca, atacante do Sevilla, recuperado de lesão, ainda não terá vaga entre os titulares.
Com Pékerman observando mais do que orientando, os atletas eram guiados por outros integrantes da comissão técnica. Um dos auxiliares dedicou atenção especial à defesa, frequentemente interrompendo os lances do treinamento para orientar os zagueiros Yepes e Zapata e o volante Aguilar.
O isolamento na Unifor logo afugentou os cerca de 30 torcedores presentes. O ônibus da delegação colombiana passou por eles, na ida e na volta, sem dar espaço a pedidos de fotos ou de autógrafos. Recepção diferente teve o torcedor que aguardou a seleção na saída do hotel quando o grupo subiu no ônibus para seguir rumo ao treino.
Animados, mais de 400 colombianos gritavam o nome dos jogadores e cantavam as principais músicas de apoio, antes mesmo de a delegação aparecer. Tanta celebração funcionou: a maioria dos jogadores parou para distribuir autógrafos, animando os torcedores. Quem esperou por James Rodríguez e Armero ficou no vácuo, é verdade. Mas todos os outros jogadores decidiram dedicar tempo para um alô aos fãs.
Pekerman e a Colômbia26 jogos
17 vitórias
6 empates
3 derrotas (Uruguai, Venezuela e Equador)
50 gols pró
16 contra