Escolinhas de futebol atraem mulheres estreantes no esporte
postado em 12/03/2014 12:22 / atualizado em 12/03/2014 12:29
Deparar-se com uma garotada batendo bola poderia ser apenas mais uma cena comum na cidade, não fossem os dribles protagonizados por uma adolescente magra e de pernas compridas em meio a vários meninos. Acostumada a jogar com o irmão e os colegas dele desde pequena, Juliana Andrade, 16 anos, chegou a treinar em clubes de futebol amador, mas preferiu não tentar carreira em uma modalidade que, apesar de extremamente popular no país, não recebe a mesma atenção quando praticada por meninas.
Diante da tensão de encarar um vestibular no fim do ano, o esporte passou a ser tratado como hobby pela estudante, que dedica dois dias da semana para amenizar o estresse em uma escolinha de futebol voltada apenas para mulheres. Com ela, uma turma em faixa etária que chega a superar os 50 anos enche a quadra de futsal de um clube na Asa Norte para, aproximadamente, 1h30 de muito exercício físico e momentos de descontração.
A aula de futsal que Juliana frequenta surgiu há dois anos por iniciativa de um grupo de sete colegas que queriam formar um time para participar de um torneio organizado pela empresa onde trabalhavam. O primeiro passo foi encontrar uma técnica e o local para o treino. Não era preciso ter experiência com chuteiras no pé para aderir à turma. Depois de conseguirem concretizar a ideia, a empolgação das precursoras do projeto foi compartilhada por outras amigas que experimentaram, gostaram e acabaram aderindo à equipe.
“Nunca havia me imaginado jogando futebol antes”, diz a aposentada Arlene Ramos Andrade, 53 anos, que marca presença como goleira há cerca de dois anos. Acostumada a praticar vôlei, ela teve a oportunidade de começar um novo esporte por meio do convite de outras colegas para completar o time da empresa. “Geralmente, ninguém gosta de ir para o gol, e faltava uma goleira. Como não tinha medo da bola, resolvi tentar”, orgulha-se. A motivação de Arlene foi acompanhada pelo incentivo da filha, que se diz amante da modalidade desde pequena. “Hoje, entendo o amor dela pelo futebol. Além da atividade física, os treinos possibilitam o entrosamento com pessoas de variadas idades”, observa a aposentada.
Já a bancária Nívia Aparecida de Sousa, 32 anos, sempre gostou do esporte. Para ela, a capacidade que a modalidade tem de agregar as pessoas vem atraindo as mulheres. “Nos treinos, a gente conversa com outras pessoas, ri e cria um grupo de convívio que vai além do futebol”, diverte-se.
Dinâmico, o esporte trabalha principalmente os membros inferiores do corpo e é uma alternativa para quem quer escapar da monotonia da academia. Antes de dividir os times e atuarem para valer, elas fazem um treino físico. Depois, uma série de exercícios de movimentação, passe, chute e domínio de bola.
Opções escassas
São poucas as escolinhas de futebol feminino adulto no DF. Ao ouvir a notícia de que havia um grupo treinando na empresa onde trabalhava, a assistente executiva Jacqueline Vasconcelos, 28 anos, viu a oportunidade de voltar a jogar bola depois de oito anos afastada da modalidade.
Jacqueline atuava no time do colégio e, desde que se formou no ensino médio, não havia voltado a calçar as chuteiras. “Acabei ficando parada por não saber onde tinha lugar para jogar e pelo tempo corrido com faculdade e trabalho”, lamenta.
Mesmo com as escassas opções para as mulheres que se interessam pela prática sem o compromisso de integrarem clubes amadores, não é raro ver turmas de amigas que se reúnem semanalmente em quadras públicas ou em campos alugados da cidade para bater uma bola.
Diante do crescente interesse do público feminino pela modalidade, os professores de futsal Rodrigo Resende e Gabriel Politi perceberam que havia demanda para um grupo somente de mulheres. “Algumas amigas que jogam futebol pediam com frequência para que déssemos treinos para elas”, lembra Gabriel Politi, antes de montar uma turma.
Fominha de bola, Jacqueline frequenta uma escolinha duas vezes por semana e ainda tem fôlego para dedicar mais um dia à pelada com as amigas. “Gosto de jogar sem compromisso, mas os treinos são interessantes pelo aprendizado”, ressalta. “É diferente ter um profissional que mostre as possibilidades de posicionamento dentro da quadra, dê dicas de jogo e ensine passes e chutes.”
Diante da tensão de encarar um vestibular no fim do ano, o esporte passou a ser tratado como hobby pela estudante, que dedica dois dias da semana para amenizar o estresse em uma escolinha de futebol voltada apenas para mulheres. Com ela, uma turma em faixa etária que chega a superar os 50 anos enche a quadra de futsal de um clube na Asa Norte para, aproximadamente, 1h30 de muito exercício físico e momentos de descontração.
A aula de futsal que Juliana frequenta surgiu há dois anos por iniciativa de um grupo de sete colegas que queriam formar um time para participar de um torneio organizado pela empresa onde trabalhavam. O primeiro passo foi encontrar uma técnica e o local para o treino. Não era preciso ter experiência com chuteiras no pé para aderir à turma. Depois de conseguirem concretizar a ideia, a empolgação das precursoras do projeto foi compartilhada por outras amigas que experimentaram, gostaram e acabaram aderindo à equipe.
“Nunca havia me imaginado jogando futebol antes”, diz a aposentada Arlene Ramos Andrade, 53 anos, que marca presença como goleira há cerca de dois anos. Acostumada a praticar vôlei, ela teve a oportunidade de começar um novo esporte por meio do convite de outras colegas para completar o time da empresa. “Geralmente, ninguém gosta de ir para o gol, e faltava uma goleira. Como não tinha medo da bola, resolvi tentar”, orgulha-se. A motivação de Arlene foi acompanhada pelo incentivo da filha, que se diz amante da modalidade desde pequena. “Hoje, entendo o amor dela pelo futebol. Além da atividade física, os treinos possibilitam o entrosamento com pessoas de variadas idades”, observa a aposentada.
Já a bancária Nívia Aparecida de Sousa, 32 anos, sempre gostou do esporte. Para ela, a capacidade que a modalidade tem de agregar as pessoas vem atraindo as mulheres. “Nos treinos, a gente conversa com outras pessoas, ri e cria um grupo de convívio que vai além do futebol”, diverte-se.
Dinâmico, o esporte trabalha principalmente os membros inferiores do corpo e é uma alternativa para quem quer escapar da monotonia da academia. Antes de dividir os times e atuarem para valer, elas fazem um treino físico. Depois, uma série de exercícios de movimentação, passe, chute e domínio de bola.
Opções escassas
São poucas as escolinhas de futebol feminino adulto no DF. Ao ouvir a notícia de que havia um grupo treinando na empresa onde trabalhava, a assistente executiva Jacqueline Vasconcelos, 28 anos, viu a oportunidade de voltar a jogar bola depois de oito anos afastada da modalidade.
Jacqueline atuava no time do colégio e, desde que se formou no ensino médio, não havia voltado a calçar as chuteiras. “Acabei ficando parada por não saber onde tinha lugar para jogar e pelo tempo corrido com faculdade e trabalho”, lamenta.
Mesmo com as escassas opções para as mulheres que se interessam pela prática sem o compromisso de integrarem clubes amadores, não é raro ver turmas de amigas que se reúnem semanalmente em quadras públicas ou em campos alugados da cidade para bater uma bola.
Diante do crescente interesse do público feminino pela modalidade, os professores de futsal Rodrigo Resende e Gabriel Politi perceberam que havia demanda para um grupo somente de mulheres. “Algumas amigas que jogam futebol pediam com frequência para que déssemos treinos para elas”, lembra Gabriel Politi, antes de montar uma turma.
Fominha de bola, Jacqueline frequenta uma escolinha duas vezes por semana e ainda tem fôlego para dedicar mais um dia à pelada com as amigas. “Gosto de jogar sem compromisso, mas os treinos são interessantes pelo aprendizado”, ressalta. “É diferente ter um profissional que mostre as possibilidades de posicionamento dentro da quadra, dê dicas de jogo e ensine passes e chutes.”