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Universo/Brasília vence Minas, mas continua na última posição do NBB

O ala/pivô Graterol e o armador Nezinho lideraram a equipe brasiliense na vitória por 88 x 77. Próximo duelo será contra o São José

postado em 10/12/2018 22:55 / atualizado em 11/12/2018 14:14

Wallace Martins/Esp. CB/D.A Press
 
No retorno ao Ginásio da Asceb, após dois jogos longe de casa, o Universo/Brasília deu a resposta que a torcida esperava. Na noite desta segunda-feira (10/12), com certa tranquilidade, a equipe brasiliense venceu o Minas por 88 a 77. O resultado não tira os tetracampeões nacionais da lanterna do Novo Basquete Brasil (NBB), com três vitórias e oito derrotas, mas sinaliza para o poder de reação do time na competição.
 
O ala/pivô venezuelano Windy Graterol, uma das contratações de destaque do elenco, mas que vinha de atuações apagadas, foi o cestinha do Brasília, com 25 pontos marcados. O armador Nezinho, capitão e ídolo da torcida local, anotou o recorde de assistências em uma partida da atual edição do NBB, com 17 passes para cesta. Maior pontuador do jogo, o pivô norte-americano Coleman cravou 27 pontos para o time de Belo Horizonte. 
 
Graterol comentou a fase da equipe brasiliense e o que precisa para repetir a boa atuação. “Nossa equipe pode jogar assim em todos os jogos, mas não encontramos o equilíbrio para ter boa intensidade defensiva”, disse o venezuelano. “Temos de jogar no limite para ver se vamos ganhar. Não adianta achar que é time campeão, porque não é. Temos que baixar a bola”, completou Nezinho.
 
O Brasília mandou no primeiro período da partida, mas demorou a engatar. Foram mais de três minutos para marcar os primeiros pontos, quando Rafa Moreira acertou uma bela cesta de três. Com boas defesas dos dois lados e a pontuação baixa, o quarto fechou em 20 a 12 para o Universo/Brasília. 
 
Wallace Martins/Esp. CB/D.A Press
 

No segundo quarto, o Minas voltou melhor, com belos ataques de Deandre Coleman, cestinha do jogo. A vantagem do time mandante foi assegurada pelo venezuelano Windy Graterol, que passou zerado no primeiro quarto, mas anotou 11 pontos no segundo, fechando a parcial em 42 x 32 para a equipe da capital. 
 
A volta do intervalo foi uma reprise do quarto anterior. Mais uma vez, o time mineiro começou melhor, chegou a cortar a vantagem para um ponto, mas o ala Arthur, voltando de lesão no joelho, marcou 17 pontos e colocou ordem na casa. Para fechar o jogo com tranquilidade, Brasília entrou forte no último período e assegurou a vitória em noite inspirada de Nezinho. A equipe da capital encerra o ano de 2018 com mais duas partidas na cidade de São Paulo. Na próxima quinta-feira, um confronto direto contra São José. No sábado, enfrenta o Paulistano. 


Asceb vai a leilão


O Ginásio da Asceb vai a leilão na tarde desta terça-feira. Porém, segundo Bernardo Bessa, gerente do Universo/Brasília, a equipe não corre o risco de ficar sem a casa do basquete candango nos últimos anos. A Eletronorte, dona do terreno, colocará todo o clube à leilão. O valor avaliado é de mais de R$ 131 milhões. “Não muda nada para a gente. Continuaremos jogando na Asceb, pode ter certeza”, afirmou o dirigente.
 
A perda do ginásio seria uma dor de cabeça para a equipe da capital. No artigo 40 do regulamento do NBB, a Liga Nacional de Basquete (LNB) deve habilitar os ginásios indicados pelos clubes antes de a bola subir na temporada, após vistorias e inspeções. O documento também pede que os participantes indiquem uma praça esportiva que permita transmissão televisiva. Atualmente, em Brasília, além da Asceb, o ginásio do Sesi Taguatinga e o Nilson Nelson recebem equipes de televisão.
 
Por fim, iniciada a competição, qualquer solicitação de troca de arena de jogo, dentro da cidade-sede da respectiva equipe, deverá aguardar a vistoria e habilitação pelo Departamento Técnico Operacional da LNB. A solicitação precisa ser efetuada por meio de um ofício com no mínimo de 15 dias antes da data prevista para o jogo, contendo a autorização da associação, clube ou entidade que disponibilizará as instalações para a equipe requisitante. A capacidade da praça tem de ser no mínimo para 1.000 pessoas sentadas.
 
*Estagiário sob a supervisão de Fernando d'Amarelo