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Universo/Brasília termina 2018 na lanterna após voltar ao NBB

Tetracampeão nacional, Brasília investe em jogadores de renome, mas, após 13 jogos, amarga a lanterna do NBB

postado em 30/12/2018 12:38 / atualizado em 30/12/2018 13:16

Felipe Mendez/Universo/Caixa/Brasília
Os fãs de basquete da capital se animaram com a volta de um time de Brasília à elite nacional em 2018. Com contratações de estrangeiros e jogadores identificados com a cidade, a equipe prometia bons resultados. Mas o pouco tempo de pré-temporada e as lesões atrapalharam o começo do trabalho. Último colocado no Novo Basquete Brasil (NBB), com 10 derrotas e três vitórias, o Universo/Brasília se reforçou com a volta do ala-pivô Ronald, após mais de dois anos afastado por doping, e com o ala-armador Gui Santos para o segundo turno. Assim, promete muita luta para fugir do rebaixamento — os dois piores da classificação geral caem para a Liga Ouro.

O ponto fraco da equipe, no primeiro turno, foi a defesa. André Germano, técnico do Universo/Brasília, disse que o sistema defensivo estava ruim e faltava intensidade aos jogadores. “Nessas semanas de folga, a gente vai focar no aspecto físico e na parte defensiva. Precisamos, principalmente, defender um contra um. Tem sido muito fácil driblar e converter a cesta na nossa defesa. Temos de ser mais intensos para combater o adversário”, diz o treinador.

Entre os escassos pontos positivos na campanha do time, estão o veterano armador Nezinho, segundo colocado na lista com mais assistências na liga (média de 7,5), e o ala norte-americano Zach Graham, que soma a maior média de pontos por jogo: 20,3. Os outros dois estrangeiros do time, no entanto, fizeram um primeiro turno bem abaixo do esperado. O venezuelano Windy Graterol começou mal e chegou a ficar no banco. Apenas nos últimos três jogos conseguiu deslanchar, sendo o cestinha da equipe em duas ocasiões.

O rendimento de Ricky Sanchez, no entanto, continua deixando a desejar e não vem agradando a torcida. Regularmente convocado para defender a seleção de Porto Rico, além de ter sido draftado na NBA em 2005, pelo Portland Trail Blazers, o pivô desembarcou na capital como grande promessa de diferencial técnico da equipe. Mas o resultado em quadra não tem sido de um jogador de alto nível, com médias econômicas de 7,7 pontos, 3,5 rebotes e duas assistências por jogo.

O técnico André Germano comentou a disparidade entre os atletas estrangeiros e o que cada um pode oferecer em quadra. "A adaptação é individual. Dentro do nosso plano tático, criamos situações para cada um mostrar o máximo. O Ricky tem muita técnica, disse-lhe que é muito importante para o elenco. É um líder nato, fala muito em quadra, nos treinos. Assim como fizemos o Graterol apresentar o máximo dele nos últimos jogos, com muita conversa e treinamento, vamos trabalhar com o Ricky para encontrar o espaço dele. É um destaque técnico nos treinamentos, ainda vai ajudar muito a gente", confia o treinador.

Outro empecilho durante a campanha na temporada tem sido as lesões. Dois jogadores da mesma posição acabaram se machucando e desfalcaram o Universo/Brasília em jogos importantes. O ala Arthur perdeu algumas partidas no meio do turno e retornou com uma boa sequência, mas Pedro Mendonça teve uma contusão séria no joelho e ainda não tem data para retornar.

O Universo/Brasília volta às quadras com o apoio da torcida em 11 de janeiro, para enfrentar o Paulistano, no Ginásio da Asceb, às 19h15. O confronto em São Paulo terminou com vitória do time paulista por 83 x 82.

Programe-se

NBB – 10ª semana
Brasília x Paulistano
Quando: 11/1 (sexta-feira)
Horário: 19h15
Local: Ginásio da Asceb (904 Sul)

*Estagiário sob a supervisão de Fernando d’Amarelo