"Ter duas equipes do DF no NBB só traz vantagens para o crescimento do basquete no DF, abrindo possibilidades de formação dos talentos da cidade e ampliando a visibilidade para a modalidade na cidade", avalia Dimitri Rodrigues, presidente do Cerrado Brasília. Para o fundador do time, a chegada no NBB também é um estímulo a novos projetos que queiram trilhar um caminho parecido. "Nascemos em Brasília, em uma quadra pública, no Parque da Cidade, e, em quatro anos, estamos no NBB", orgulha-se. "Nossa mensagem é que é possível. Precisa ter muita dedicação e pessoas capacitadas, mas é possível", completa.
Oportunidade
Fundado em 2016, o Cerrado Basquete nasceu com o sonho de chegar ao NBB e o propósito social de formação. Nos últimos quatro anos, traçou uma trajetória em que conciliou os dois âmbitos. Hoje, conta com três núcleos sociais que oferecem aulas de basquete gratuita para crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, no Gama, na Estrutural e em São Sebastião. Em 2020, o plano é construir mais um em Recanto das Emas. "Olha que legal um garoto ou uma garota da Estrutural com talento poder jogar na categoria de base de um time de basquete. É algo que muitos nem imaginariam se não houvesse o projeto próximo dele, na comunidade. Isso começa a transformar a vida esportiva e educacional deles", diz Dimitri.
O Cerrado conta com trabalhos de base das categorias sub-12 a sub-23 masculinas, que vão competir em torneios nacionais quando eles forem retomados. No feminino, tem uma equipe adulta, com bolsa de estudo em universidade, que disputa competições locais e universitárias. "Nosso objetivo é oportunizar crianças e jovens de se desenvolverem pelo basquete. Por acreditarmos que a formação esportiva passe conceitos e valores que complementem a formação escolar e familiar de uma pessoa", destaca o presidente do clube.
Nas competições adultas, o Cerrado começou com um terceiro lugar na BRABA de 2017, liga estadual chancelada pela Federação do DF. A colocação rendeu ao time uma vaga na Copa Brasil Centro-Oeste 2017. A equipe candanga saiu campeã e garantiu o direito de disputar a Supercopa Brasil, terminando em terceiro. Em 2018, o time chegou à Liga Ouro, torneio de acesso à elite que também disputou no ano passado, sendo eliminado nas quartas de final pela Unifacisa, que sagrou-se campeã. Na campanha, o time de Brasília teve o MVP do campeonato, o armador Patrick Carioca.
O elenco que será comandado pelo técnico Bruno Lopes na 13ª edição do NBB provavelmente será fechado nas duas próximas semanas para que os jogadores se apresentem em 5 de outubro, no Ginásio da Iesplan, casa do Cerrado Basquete. O campeonato está programado para começar em 14 de novembro, sem a presença de público nos ginásios no primeiro momento. O presidente do clube, Dimitri Rodrigues, calcula estar com contrato fechado com 70% do plantel de aproximadamente 15 atletas que terá à disposição para a competição. O time também contará com atletas de Brasília ou que sejam da categoria de base do projeto.
Assim como o Cerrado Basquete, o Joinville Blackstar pleiteou uma vaga no NBB, mas não cumpriu com as comprovações financeiras para adquirir o direito associativo da competição. Dessa forma, a temporada 2020/2021 segue com 16 equipes, porém com algumas alterações. O carioca Botafogo e os paulistas Rio Claro e São José, que jogaram a última edição do NBB, não vão disputar a próxima, mas manterão suas respectivas associações com a Liga, podendo voltar em 2021/2022, caso preencham os requisitos exigidos. Campo Mourão Basquete (PR) e Caxias do Sul (RS) voltam à elite do basquete no lugar deles.
Veja as equipes confirmadas no NBB 2020/2021
Basquete Cearense (CE)
Bauru Basket (SP)
Brasília Basquete (DF)
Campo Mourão Basquete (PR)
Caxias do Sul Basquete (RS)
C.A. Paulistano (SP)
C.R. Flamengo (RJ)
E.C. Pinheiros (SP)
Minas Tênis Clube (MG)
Mogi Basquete (SP)
Pato Basquete (PR)
São Paulo F.C. (SP)
Sesi Franca (SP)
S.C. Corinthians (SP)
Unifacisa (PB)