Flamengo e Banco de Brasília (BRB) anunciaram nesta sexta-feira (19/6) uma parceria de 36 meses que prevê o lançamento de um banco digital e a exposição da marca da instituição brasiliense no espaço de patrocinador master da camisa do rubro-negro.
De acordo com o BRB, o projeto envolverá a comercialização de cartões, seguros e abertura de conta digital. Os torcedores do clube carioca também terão acesso a uma plataforma digital com atendimento personalizado e experiências relacionadas ao rubro-negro. O banco, por sua vez, terá direito exclusivo de pagamento da folha salarial da equipe e preferência na contratação, por parte do Flamengo, de produtos e serviços bancários, como empréstimos, cartões e seguros.
O acordo foi celebrado pelas duas partes. “A parceria com o Flamengo, time com marca de força global, vai permitir ao BRB diversificar seus negócios, expandir sua base de clientes e ampliar a atuação nacional tanto na forma de presença física quanto digital”, afirmou o presidente do banco, Paulo Henrique Costa.
"O Flamengo vai entrar com uma série de propriedades, o engajamento da sua torcida, a sua participação na mídia social, inclusive o espaço master da sua camisa. Vamos desenvolver com eles uma série de produtos, nos quais a gente vai ter participações. Produtos financeiros como seguros e cartão de crédito", explicou o presidente do rubro-negro, Rodolfo Landim, em vídeo enviado aos sócio-torcedores.
As partes não confirmaram oficialmente informações sobre os valores envolvidos no acordo.
Patrocinador master
No fim de maio, o Flamengo anunciou o rompimento do contrato com seu, então, patrocinador master, o Banco BS2. Especula-se que o acordo rendia, ao menos, R$ 15 milhões por ano ao rubro-negro.
Com o rompimento, era esperado um acordo do clube com a Amazon. O time da Gávea chegou a confirmar a existência das negociações. Uma Medida Provisória editada na quinta-feira (18/6) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) — que mantém vínculo próximo com Rodolfo Landim e, inclusive, contribuiu para o Flamengo ser o primeiro time a voltar a campo no país durante a pandemia de covid-19 — permite que o clube mandante escolha a melhor operadora para veiculação do jogo, independentemente do acordo existente com o time visitante. A MP foi vista como um ataque à Rede Globo — detentora da maior parte dos direitos de transmissão do futebol brasileiro — e como abertura do caminho para transmissão das partidas do rubro-negro por plataformas de streaming da Amazon.
O negócio, porém, não foi para a frente. Vale lembrar que o BRB já tinha um contrato com a equipe de basquete do Flamengo, que previa que o time mandasse 30% de suas partidas da temporada em Brasília.