“Ceilândia está quase fechando e querem voltar a jogar futebol. A Federação não pode impedir que cada clube faça o seu protocolo e volte a treinar, mas que cada um assuma a sua responsabilidade. Queremos voltar, claro, mas com segurança e protocolo feito pelos médicos”, disse o presidente da FFDF, Daniel Vasconcelos, reforçando que o protocolo da entidade será a referência.
Citada pelo dirigente, Ceilândia teve os campos de futebol society sintéticos da cidade lacrados na tentativa de controlar o crescimento exponencial do número de casos no bairro. Também na tarde de hoje, deputados distritais pediram lockdown para toda a região. A cidade já ultrapassou o Plano Piloto em número de casos da doença e tem o maior registro de óbitos - 37 até o momento.
Vale lembrar a recomendação do MPDFT em 5/5: "a supremacia da vida acima de todos os princípios que regem os demais valores e, assim, tendo em vista ser imperiosa a necessidade de preservar a vida de atletas, comissão técnica, arbitragem, imprensa e demais profissionais envolvidos na realização dos jogos, além de evitar possíveis aglomerações de torcedores pelas arenas, em face do potencial risco de disseminação do Covid-19". A FFDF acatou a recomendação na mesma data da publicação.
Quase três meses depois...
A paralisação do Candangão aconteceu em 18 de março. Desde então nenhum clube havia comentado sobre o retorno. O Capital CF foi o primeiro clube a falar abertamente em voltar aos treinos. O time elaborou um protocolo inspirado nas ligas nacionais de Portugal, Espanha, Fedração Paulista, Federação Catarinense e Confederação Brasileira de Futebol com a expectativa de retomar as atividades em 1º de julho.
O documento sugere o reinício da competição em 18 de julho com a partida atrasada entre Gama e Real e a disputa da etapa de mata-mata a partir de 22 de julho. ""A gente vai aguardar a autorização da Secretaria de Saúde e do GDF. A intenção é ter um protocolo próprio. Vamos encaminhar aos órgãos competentes. As datas do campeonato são apenas sugestões. A gente pretende estar alinhado tanto com a Federação e com os demais órgãos", disse o presidente do Capital, Godofredo Gonçalves, em entrevista ao Correio Braziliense.