As realizações da Copa América e da Copa do Mundo Sub-17 foram os alvos centrais da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e os presidente da FIFA, Gianni Infantino, Conmebol, Alejandro Domínguez, e da CBF, Rogério Caboclo. Com a presença do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Augusto Heleno, discutiram sobre itens como segurança, logística e “tudo aquilo” que está dentro das atribuições governamentais tradicionais.
Nenhum favor especial foi solicitado para a realização dos eventos. “(Pedimos) apoio meramente institucional. Nenhum tipo de apoio financeiro. As competições são totalmente custeadas pela Conmebol, no caso da Copa América, e pela Fifa, no caso da Copa do Mundo sub-17”, afirmou Caboclo. A comitiva manifestou ao presidente o interesse em colocar o Brasil no radar de outras duas competições.
O país é candidato a receber, em 2023, a Copa do Mundo de futebol feminino, em âmbito da Fifa. Também é candidato a hospedar, em 2020, a final única da Copa Libertadores da América, no Rio de Janeiro. “Colocamos a nossa vontade e nosso desejo de desenvolver o futebol e mudar (o esporte) de patamar na economia nacional, fazendo escalada do futebol no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil”, sustentou o presidente da CBF.
A entidade máxima do futebol defendeu que os clubes precisam arrecadar mais, diversificar e otimizar as fontes de receitas. “Para isso, aumentarem de nível e chegarem mais próximos dos clubes europeus e nós termos por mais tempo craques no Brasil e à disposição da Seleção (Brasileira)”, destacou Caboclo. Ele admite que há debates para mudanças na legislação possibilitarem que as equipes de futebol no Brasil possam receber até recursos estrangeiros. “Isso é um pensamento que começa hoje, de poder haver uma legislação que permita aos clubes brasileiros receberem investimentos nacionais e internacionais”, explicou.
Com a adoção de um sistema profissional de gestão no futebol, Caboclo acredita que os times passem ao patamar de receber os investimentos. “E, com pequenas alterações de regulações e legislações, isso passa a ser possível, viável. É aquilo que a gente acredita”, sustentou.
O desenvolvimento do futebol no Brasil e no mundo foi um assunto destacado por Infantino a Bolsonaro. “O presidente é um grande fã de futebol e eu creio que todo mundo sabe e escolheu falar de futebol, da importância do esporte na sociedade e no mundo, e também no Brasil. A importância econômica e social do esporte, do desenvolvimento, dos programas de educação através do futebol, por meio de projetos da CBF e das competições muito importantes no Brasil este ano”, disse o presidente da Fifa.