O encontro realizado nesta terça, em Luque, no Paraguai, teve a presença dos presidentes Rodolfo Landim, do Flamengo, e Rodolfo D'Onorio, do River Plate. Os mandatários da CBF, Rogério Caboclo, e da AFA, Claudio Tapia, também participaram da reunião emergencial. Palco original da Final, o Chile enfrenta uma onda de protestas há quase um mês devido ao reajuste na tarifa do metrô. O Campeonato Chileno inclusive está paralisado. Mesmo assim, a Conmebol insistia na possibilidade de ilhar seu evento do caos no país.
Durante a entrevista coletiva no Paraguai, o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, afirmou que haverá um sistema para devolver o dinheiro do ingresso de todos que compraram para a final da Libertadores em Santiago. Quem adquiriou terá prioridade para nova compra de ingressos para Lima
Flamengo e River Plate optaram por não correr risco e muito menos empurrar com a barriga uma decisão que deveria ter sido tomada com mais antecedência. A decisão também satisfez os patrocinadores da competição continental. O prefeito de Santiago chegou a dizer que não haveria sentido abrigar a final da Libertadores com o Campeonato Chileno parado.
Além da final da Libertadores, outros eventos foram cancelados em Santiago. O país desistir de receber a Conferência do Clima (COP-25) e a Cúpula da Aliança Ásia-Pacífico. Ainda assim a Conmebol iinsistia em manter a capital chilena como sede com base em uma entrevista coletiva da ministra do Esporte do Chile, Cecília Perez.
Entretanto, na última segunda-feira, uma reunião convocada às pressas pela Conmebol deu início à tardia reviravolta. Cogitou-se inclusive a realização do jogo em Miami, nos EUA. havia a possibilidade de ser no Uruguai, mas haverá eleição no país no fim de semana da decisão. No mês passado, Lima lançou candidatura para receber as finais da Libertadores e da Copa Sul-Americana em 2020. Perdeu para o Rio de Janeiro e Córdoba. Duas semanas depois, a decisão da Libertadores 2019 cai no colo da capital peruana.