Caio chamou atenção em competições amadoras da cidade e foi convidado para fazer teste no Gama. Na época, recebeu proposta de outro time da cidade. “Tive preferência pelo Gama por causa da grandeza do time. Tem mais infraestrutura e é melhor para eu treinar bem e evoluir.”
Desde sempre, Caio vai acompanhado dos pais a treinos, testes e peneiras. Maria Fernanda, a mãe de Caio, é professora na UnB e conta que ela e o pai, Agnaldo, sempre estimulam a buscar seus sonhos. "A gente o incentiva desde pequeno. Ele nunca falou em outra coisa diferente de ser jogador de futebol.”
O pai, Agnaldo, comentou sobre a importância da continuidade da educação: “De maneira nenhuma deixar a escola de lado. O Caio é muito disciplinado com relação aos estudos, sempre foi um dos melhores alunos da turma e continua sendo.”
A presença dos pais nesse momento de imersão no futebol também é indispensável na opinião de seu Agnaldo. “Ele não mistura as coisas e nem fica deslumbrado. A família está aqui para funcionar como âncora, para não deixar o balão voar demais”. Pai-coruja, ele não deixou de elogiar as habilidades do filho. “Ele é ambidestro. Muito habilidoso. Domina com as duas pernas com a mesma destreza.”
O menino esteve no CT do Gama no mesmo dia em que Vanderlei Luxemburgo, na última quarta-feira (21/2), e aproveitou para bater um papo com o técnico. “Ele se interessou pela minha história. Contei como tudo aconteceu e ele me apoiou, disse para eu seguir meu sonho.”
Caio treinará por 12 dias no Gama. Nesse período, os treinadores avaliarão os jogadores e escolherão os que serão levados para a base do Periquito.
Santista assumido, Caio lembra de Pelé, Neymar e outros craques revelados pela base do clube. Tem o sonho de ir para o Peixe, mas mantém a cabeça no lugar e, com maturidade, diz não ter nenhum plano maior. “É melhor focar no presente.”
*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima