Nesta segunda-feira, Régis foi anunciado pelo atual campeão candango para a reta final do Candangão e a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. Em outubro de 2018, o ala chegou a posar com a camisa do Brasiliense ao lado de Jobson em um atividade na sala de ginástica do arquirrival alviverde.
"Vamos recuperá-lo. Primeiro é uma oportunidade para o ser humano, depois para o jogador. O Vilson Tadei (técnico) conversou com ele e o grupo aceitou bem. Ele fez exames na sexta-feira e treinou no sábado à tarde e no domingo. O contrato será assinado nesta semana, em princípio até o fim do ano. Ele está muito focado”, disse ao Correio Braziliense o presidente Weber Magalhães. A contratação vinha sendo costurada desde a última quinta-feira.
Régis já admitiu em entrevista ao Correio a diferentes veículos ter problemas com drogas, mas negou que seja viciado. Disse inclusive que o ex-jogador e hoje comentarista Casagrande é uma referência na batalha pessoal.
"No futebol, há muitos jogadores que usam drogas e a gente não sabe, que os casos não se tornam públicos. Conheço atletas que usavam com certeza, mas não posso revelar. Me inspiro no Casagrande. Ele conversou comigo enquanto eu estava no São Paulo. Disse que isso é algo emocional, que a gente tem que vigiar os locais que frequenta, as amizades, e manter o foco. Senão, não consegue sair dessa”, revelou.
O último clube de Régis foi o Juventus de Jaraguá do Sul (SC). Depois de jogar três vezes com a camisa do time catarinense, ele rescindiu contrato antes da paralisação do futebol no país. O jogador sofreu uma lesão e deixou o clube em comum acordo com a diretoria.
Em depoimento à ESPN em abril, o diretor de futebol do Juventus, Renê Marques, também atribuiu a rápida passagem dele pelo clube aos recorrentes problemas com dependência química e álcool. “Régis jogou três jogos, teve uma lesão e depois em comum acordo rescindimos o contrato. É um menino muito bom, diferenciado dentro de campo, mas infelizmente teve algumas quedas e junto disso vem a depressão, o isolamento. O problema dele é muito sério, muitos criticam, mas poucos ajudam”, defendeu o dirigente em abril.
Renê Marques disse que o Juventus conversou com clubes anteriores de Régis antes de contratá-lo. “Sabem que no caso do Régis tentaram de tudo. Acompanhamento, prevenção, psicologia. Nós optamos por deixa-lo livre para fazer o que achasse melhor pra ele, sem segurança, sem nada, em 42 dias de pré-temporada, não teve nenhum problema. Infelizmente depois aconteceu, porque é um menino formidável quando não bebe, você nem acredita que se transforma quando bebe”, relatou o dirigente.
Em outubro de 2018, foi detido em Samambaia após, supostamente, ter tentado invadir o apartamento de vizinhos, em Samambaia Sul. O jogador foi detido em flagrante, assinou um termo circunstanciado e foi liberado sob a condição de se apresentar à Justiça para audiência. O caso foi registrado à época como perturbação da tranquilidade, ameaça e violação de domicílio.