
Com apenas 17 anos, Luan Patrick assumiu a responsabilidade, junto com Henri, de defender a meta brasileira na competição sediada no país. Na fase de grupos, a defesa do Brasil só foi vazada uma vez, no jogo de estreia diante do Canadá. Mesmo com o bom desempenho individual, o beque divide o mérito defensivo com todos os companheiros. “Acho que os nossos atacantes, além de atacantes, marcam muito bem também. A pressão começa lá no ataque, então isso dá bastante retorno e segurança pra gente”, explicou.
Seu parceiro de zaga, Henri, e o goleiro Matheus Donelli também receberam o reconhecimento de Luan. “O Henri é um cara muito seguro, que me passa bastante segurança. O Donelli, assim como todo time, também vem ajudando bastante. Acho que estamos muito bem, tanto ofensivamente quanto defensivamente.”
Luan Patrick jogava no Figueirense até o começo deste ano e não foi convocado para a disputa do Sul-Americano, competição que dá vaga ao Mundial. Recebeu propostas de clubes como Internacional e Fluminense, e optou pelo atual campeão da Copa do Brasil. Em pouco tempo, ganhou a confiança de Dalla Déa e assumiu a titularidade.
“O trabalho é no dia a dia, treino a treino. Fui mostrando meu potencial e conquistei a confiança do treinador”, contou, em relação a rápida ascensão na seleção.
O zagueiro do Athletico-PR não tem como referência jogadores como Sérgio Ramos, Van Dijk ou Thiago Silva. Também não se inspira em grandes zagueiros do passado, como Maldini, Cannavaro ou Beckenbauer. A grande fonte de inspiração de Luan Patrick é Lucas Halter, seu companheiro de clube, de apenas 19 anos, que disputou o Mundial Sub-17 em 2017. “Eu posso vê-lo no dia a dia. Ele me passa bastante experiência porque já viveu esse momento (de disputar o Mundial Sub-17) também. Quando estávamos na Granja Comary, ele me ligou e falou para eu aproveitar esse momento. Ele sempre me passa bastante experiência, explicou.
Amante de séries e embalado pelos ritmos funk, sertanejo e pagode, Luan Patrick se prepara para enfrentar o Chile amanhã (06/11), às 20h, no Bezerrão. Para o confronto, o zagueiro se diz confiante e focado para o duelo. “A gente está muito focado, sabendo o que podemos fazer. O Chile tem um bom time, mas nosso time está muito bem também. Temos que tomar cuidado com a transição deles”, concluiu.
Se Lucas Halter, sua maior referência, chegou à terceira colocação no Mundial de 2017, Luan Patrick quer dar um passo a mais e conquistar o tão sonhado título da Copa do Mundo de 2019.