A gaúcha radicada em Brasília Ana Paula Marques se tornou a primeira brasileira a sagrar-se campeã mundial de vela adaptada aos 35 anos. Neste sábado (22/9), a velejadora venceu a categoria Hansa 303, destinada a competidores com amputações, paralisia cerebral e lesões medulares, na cidade de Sheboygan, no lago Michigan, nos Estados Unidos.
"É uma conquista fruto de muito trabalho, que vem de quase 10 anos de trabalho árduo. É título inédito, que nos permite buscar novos objetivos e novos patrocinios”, comemora Bruno Pohl, coordenador técnico da Federação Brasiliense de Vela Adaptada.
Ana Paula foi vice-campeã mundial em 2017, quando ficou atrás apenas da espanhola Violeta Reino Díez del Valle, campeã do torneio disputado em Kiel, na Alemanha. E, em 2016, já havia sido escolhida a melhor atleta paralímpica e destaque do ano na modalidade vela no Prêmio Brasília Esporte 2016, do Governo de Brasília. Ela ficou paraplégica após ser atingida na coluna por um tiro quando tinha apenas 20 anos.
Esta foi a terceira vez que a velejadora disputou a competição mais importante do calendário da modalidade. Isso porque a modalidade busca voltar a integrar as Paralimpíadas — o Comitê Paralímpico Internacional tirou a vela e o futebol de sete dos próximos Jogos, em decisão tomada em 2015. Como substitutos, entraram o taekwondo e o badminton. O mundial, portanto, é um teste importante já de olho nas Paralimpíadas de Paris, em 2024.
Esta foi a terceira vez que a velejadora disputou a competição mais importante do calendário da modalidade. Isso porque a modalidade busca voltar a integrar as Paralimpíadas — o Comitê Paralímpico Internacional tirou a vela e o futebol de sete dos próximos Jogos, em decisão tomada em 2015. Como substitutos, entraram o taekwondo e o badminton. O mundial, portanto, é um teste importante já de olho nas Paralimpíadas de Paris, em 2024.
Segundo o regulamento do COI, para integrar o programa de uma Paralimpíada, a modalidade precisa ser "regularmente e amplamente" praticada em 24 países, para disputas por equipes, e em 32 nações, para competições individuais. O Campeonato Mundial de Vela Adaptada conta com 10 regatas e, neste ano, recebeu mais de 100 atletas de 40 países.