Vôlei

AMISTOSO

Em Brasília, time misto dos Estados Unidos vence Brasil desfalcado

Norte-americanas vencem duelo amistoso por 3 sets a 1; partida serviu de preparação para o Mundial, em setembro

postado em 12/08/2018 12:11 / atualizado em 12/08/2018 14:54

Facebook CBV/Reprodução
Sem algumas das principais jogadoras, a Seleção Brasileira feminina de vôlei não resistiu à força do time misto dos Estados Unidos e foi derrotado por 3 sets a 1, neste domingo (12/8). As parciais foram de 19 x 25, 18 x 25, 28 x 26 e 16 x 25. Em alguns momentos, as atuais campeãs mundiais e da Liga das Nações encontraram certa facilidade na partida. Fernanda Garay, Suellen e Natália, em processo de recuperação de lesões, ficaram de fora do duelo.

No primeiro set, o time de José Roberto Guimarães começou imprimindo o ritmo do jogo, e chegou a abrir 7 x 2 no placar. Porém, logo as norte-americanas mostraram por que são as atuais campeãs da Liga das Nações, e passaram a frente durante a disputa. Mostrando alguns erros e sinais de  desentrosamento, a Seleção Brasileira foi derrotada por 25 x 19.

Com uma performance irregular da brasiliense Tandara, que contava com a presença da família na arquibancada do Nilson Nelson, a segunda parte do jogo até  teve momentos de equilíbrio, mas, novamente, o time norte-americano mostrou superioridade, e fechou a parcial por 25 x 18, com destaque para os saques e os bloqueios da equipe dirigida por Karch Kiraly, bicampeão olímpico como jogador, em Los Angeles (1984) e Seul (1988).

A cada ponto das americanas, o banco de reservas dos Estados Unidos davam um show a parte. Comandadas pela líbero reserva Amanda Benson, as atletas ensaiavam vários passos de dança, aproveitando as músicas escolhidas pelo DJ do ginásio, que foram de Anitta a Wesley Safadão.

Na terceira parte da partida, o roteiro mudou um pouco e o Brasil passou a dificultar a vida das rivais. Foi o set mais equilibrado do amistoso em Brasília. Com vários rallies, relembrando grandes duelos entres dois dos mais tradicionais países da modalidade, o placar ficou empatado até o fim, mas as brasileiras foram mais competentes nos momentos decisivos e fecharam em 28 x 26, diminuindo a vantagem americana, para o delírio dos 7.411 torcedores que foram ao Nilson Nelson em pleno Dia dos Pais.

Da mesma maneira dos sets anteriores, os primeiros momentos do quarto set foram marcado pela troca de pontos entre as adversárias. Porém, as norte-americanas voltaram mais concentradas e determinadas em fechar o jogo. Com destaque para a boa atuação da levantadora Micha Hancock, os Estados Unidos venceram o set por 16 x 25 e, consequentemente, deram números finais ao duelo amistoso em 3 sets a 1. Ao fim da partida, a torcida ovacionou as jogadoras da Seleção Brasileira, mesmo após o revés, e também aplaudiu bastante o time norte-americano, vencedor do encontro.
 
Insatisfeita com a atuação individual em casa, a ponteira Tandara espera que o Brasil evolua e aprenda com o período de jogos contra os Estados Unidos. "Amistoso é para isso, ritmo de jogo e preparação. Temos de ver o que fizemos de errado, eu não fui bem hoje, mostra que temos que trabalhar mais", disse a candanga de 29 anos.

Antes do Mundial, que vai do dia 29 de setembro até 20 de outubro, no Japão, o Brasil ainda tem mais três amistosos contra a equipe dos Estados Unidos, todos disputados em território nacional, em agosto. Antes do principal objetivo do ano, o time ainda embarca para a Suíça, para a disputa do Montreux Volley Masters, entre 4 e 9 de setembro.

Lesionadas brigam contra o relógio

Tendinite no joelho, mão recém-operada, retorno recente ao time do José Roberto Guimarães… a Seleção Brasileira ainda é inconsistente restando pouco menos de 50 dias para o Mundial do Japão. Multicampeão, o vôlei feminino ainda não conquistou a medalha de ouro na história do torneio. 

O departamento médico da Seleção Brasileira está correndo contra o tempo para ter 14 jogadoras em condições de entrar em quadra no principal compromisso da temporada. Duas ainda serão cortadas, mas o estafe da equipe trabalha para não perder ninguém por condição física.

A líbero Suellen ainda se recupera de uma cirurgia na mão direita, realizada no início de julho, mas deve estar na delegação que embarca para o Japão, que ainda sofrerá dois cortes em relação ao time que veio a Brasília. Com uma tendinite no joelho direito, a ponteira Natália, um dos destaques do elenco, é preparada para a segunda fase do torneio.

Em fase final de recuperação e ainda sem saltar, Natália espera chegar bem fisicamente ao Mundial. “Não vou estar lá da forma que gostaria, mas espero chegar bem. Quando chega lá, nossa força de vontade e o coração fazem toda a diferença. Estou evoluindo diariamente, 

De volta após pedir dispensa da Selecão Brasileira após o fracasso nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, Fernanda Garay é outra que ainda é esperada para estar 100% no Japão. “Precisava de um período fora, tive que fazer uma escolha e era fundamental. Imaginei que não fosse voltar para o time, mas felizmente fui convidada a voltar. Não sei como vou ajudar, mas quero muito fazer isso, seja com experiência ou com meus fundamentos dentro de quadra”, comentou. A central Thaísa, que volta aos poucos após cirurgia no joelho esquerdo, atuou durante boa parte do amistoso.